FITANDO OS OLHOS DELA
Os olhos fitados procuravam a alma que ousava tentar se esconder. Os lábios trêmulos procuravam uma forma de amenizar sua exaltação. As mãos que batiam-se sem parar tentavam de alguma forma esconder-se em meio ao concreto das palavras não ditas. Os vidros que davam poder aos olhos pareciam barreiras para serem invadidas. A garota da calmaria pela primeira vez não estava tão calma. O compartimento de sua alma acabará de se romper. As batidas do coração alimentavam a coragem de se libertar, de transparecer e ser somente ela, a calmaria não tão calma. A cada minuto completo um novo batalhão de impulsos nervosos eram liberados sangue a dentro, corrente a baixo. Continue a fitar-me gritavam os olhos bambeando-se em meio a escuridão. A moça da calmaria queria tanto poder ser mais leve, a alma dela emanava isso. Ela não é tão feliz quando deveria ser. É notório quando a boca se cala e o coração responde através do olhar. O grito continuou a ecoar durante os quase oito minutos de invas