FITANDO OS OLHOS DELA





Os olhos fitados procuravam a alma que ousava tentar se esconder. Os lábios trêmulos procuravam uma forma de amenizar sua exaltação. As mãos que batiam-se sem parar tentavam de alguma forma esconder-se em meio ao concreto das palavras não ditas. Os vidros que davam poder aos olhos pareciam barreiras para serem invadidas. A garota da calmaria pela primeira vez não estava tão calma. 

O compartimento de sua alma acabará de se romper. As batidas do coração alimentavam a coragem de se libertar, de transparecer e ser somente ela, a calmaria não tão calma. A cada minuto completo um novo batalhão de impulsos nervosos eram liberados sangue a dentro, corrente a baixo. Continue a fitar-me gritavam os olhos bambeando-se em meio a escuridão.

A moça da calmaria queria tanto poder ser mais leve, a alma dela emanava isso. Ela não é tão feliz quando deveria ser. É notório quando a boca se cala e o coração responde através do olhar. O grito continuou a ecoar durante os quase oito minutos de invasão. Ela é calma mas ria das coisas da vida das quais não tinha o controle. 

Ela é fada que não precisa de asas para voar, é guiada pela lua assim como as marés.

Eu aceitei te invadir com o propósito de te redescobrir, de aproximar os nossos batimentos e realinhar nossas vidas. Tu és tão minha, quanto a lua é do sol. Uma vez unidos jamais estarás só.

Calma, aproveita e ria, a vida é dura mas tu tens superpoderes. Não precisa se provar pra ninguém. Seja! As vezes a gente cai pra se levantar ainda mais forte. O mundo parece um monstro, e talvez até seja, mas tu calmaria, pode vencer o invisível.

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