Como a volta de um mergulho profundo, quando você já não tem mais ar nos pulmões, foi assim que eu voltei para dentro de mim. Somente depois de uma longa jornada em busca de mim mesmo, em uma incansável batalha de redescobrir quem eu sou no mundo e como eu posso agregar valor e carinho na vida das pessoas ao meu redor, ou ao redor de mim. Foram dias frágeis e dolorosos, onde a respiração parecia falhar e o medo me encobria de incertezas, dias em que a cama me abraçou mais do que eu gostaria. Eu revisitei um lugar onde somente os abandonados vão, onde o amor e o desespero brigam pelo peito do primeiro que passar por perto. Em quase todos esses dias o desespero venceu o meu amor pela vida, pela arte, por todos meus familiares, pelos meus sonhos. Eu volto, com os pés acalentados e feridos, de uma corrida quase que entregue a morte novamente. Volto aos poucos, mas recarregado de energias positivas. É incrível sentir Deus novamente quebrando todas as minhas paredes, inva...