GAIOLA DE OSSOS





Um grande buraco se abriu no meu peito, nele habita um grande amor. Pouco a pouco ele vai rasgando-me o peito cada vez mais, impossível trancá-lo, é grande demais para minha pequena gaiola de ossos. Solto ele pode voar mais e respirar melhor, preso ele sofreria, como um pássaro sem assas afim de sentir o ar lá depois das nuvens.

Já faz 90 dias que estou o cultivando, ele não pode ser tão preso, nem tão livre, ele vive como uma planta; muita água e ele se afogara, muito sol e ele irá ressecar e morrer. Cuidar dele é como andar de montanha russa de olhos fechados, mas me faz bem, eu sempre gostei de aventuras, logo não iria deixar mais uma passar.

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