QUANDO O CORPO APODRECE
Esmarrido, estático e insípido.
O teu corpo que um dia serviu de prisão pra um coração
frígido, agora se vai. Sem nenhum caminho predefinido ele vaga pelas noites e
pelas gargalhadas que a multidão ecoa. Nos 'barzinhos' das ruas mais pessoas
vão - sendo escurecidas pela falta de clareza, e por todo lampejo que teu (eu)
recebeu de forma errônea.
Agora vai! Essa tua boca que nunca planejou GRITAR para o amor
hoje se cala mais uma vez pela falta dele. Pobre de ti, alma, que nunca sentiu
o calafrio dessa verdade. Correste tanto em máquinas fixas que se esqueceste de
sair pelas tuas verdades. Entre um e outro acabaste deixando de lado quem tu
eras. Agora vai! Procura o mundo onde as luzes estão apagadas, onde os
fantasmas insistem em te ameaçar, onde os prédios clamam por tua alma - morta e
sem nenhum sabor de vida.
Se joga e agora vai!
O mundo não brinca de
esconde-esconde com quem brinca de esconder a própria alma, o sistema não
aceita tuas novas atualizações com perfis falsos ou com tuas identidades
falsas. Tira a mascara e aceita as tuas fraquezas, aceita quem tu és.
Agora vai! Já se passou tempo demais, tu não és mais parte
dessa vida, continua a correr.
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